Apesar de eu ser um filho deste mundo, este é o pai que não me conhece!
Abençoada a terra que me viu nascer, que o mundo jamais me deixará esquecer!
Perfez no corrente ano, 40 anos que ocorreu uma profunda mutação política e social no nosso país, cognominada como “Revolução do 25 de Abril”, também designada “Revolução dos Cravos”.
Igualmente perfará, com o início do novo ano letivo, 40 anos que passei a integrar os “Meninos de Cinfães” – ter o estatuto de “Menino” , não é menos idóneo que outras filosofias de vida das quais perfilho. Designadamente “filho uma vez, filho para sempre”, “Karateca uma vez, sempre Karateca”, “Menino hoje, outrora e sempre”. É inteligível e por todos apreensível, que quarenta anos estanques, 40 anos sem vacilar, 40 anos sem tempo para recordar, são 40 anos a vencer pela imutabilidade do ser social numa comunidade ancestral e pré-jurídica.
Se um dia às portas da morte alguém me perguntar o que pretenderia ser, estarei mentalmente preparado para responder “Sou um Menino, e em Menino me irei converter”…
Sim!, porque a estanquidade e imutabilidade referidas, são estatutos que predominam implicitamente na ideologia “Menino”. Estar imbuído desta filosofia de vida, viver omitindo esta exegese àqueles atos, não tem o significado de honra e glória, que cada Menino de per se, assim sente, vive e transmite. Por isso, assim termino…, apesar de serem intérminas as palavras que configuram o comportamento vivencial de tais Meninos – MENINO HOJE, OUTRORA E SEMPRE.