Oposição Vs Impugnação Judicial – 3.ª Edição

PREFÁCIO À 3.ª EDIÇÃO

Enquanto iniciava este prefácio, ouvia o Padre António Maria cantando, “Mãe Peregrina (Abraçando Sonhos)”, depois de ouvir a “Samaritana” com proveniência no mesmo autor. Pois apesar de a vida por vezes se lembrar de me madrastar, como se não tivesse tanto mal para corrigir neste aberrante, pré-histórico e abnegado mundo, agradeço ao Criador este modo que ele engendrou para criar um ser da minha natureza – aparentemente não sou nada, e assim continuarei a ser e a crescer dentro dos parcos caminhos que me estão predestinados. Mas esse grande Ser, que de quando em vez me assola o espírito, não deixa igualmente de procurar uma enorme compensação para quem muito sofre, por vezes, por intercessão de sua mãe, que visitei recentemente nas terras de Fátima. Na obra “A demanda e a defesa nas execuções cíveis e fiscais” escrevi, no agradecimento feito aos meus filhos “A razão que me move é a mesma que me comove”. E ainda, “Mas não há nenhuma adversidade que consiga combater a razão da alma”.
Hoje, tal dedicação teria um texto mais brioso e extenso, porque insofismavelmente, teria de incluir a mais recente e bela das criaturas que Deus lançou ao mundo – o meu neto David.
Não obstante, tal como já havia predito, a natureza é assim, e tudo surge em momento próprio. Recordo-me de ter tecido num dos meus escritos, a 21 de março de 2020, no culminar da famigerada epidemia «Covid-19», algumas palavras com um conteúdo congénere «Confiemos sempre em Deus, porque Ele não faz as coisas como queremos, mas faz como deve ser!».
Ora, surgiu o momento de eclodir uma nova edição literária. Surgiu o momento de elevar os meus sonhos equiparando-os aos do Padre António Maria, meu homónimo; chegou o momento de envolver com mais veemência a minha emoção; e chegou o dia da glória de Jesus por transferir engenhosamente uma parte recôndita do meu cérebro para as minhas sofridas mãos, que sempre receberão com agrado comandos desta índole.
Por fim, dirijo-me humildemente aos leitores, com uma palavra de agradecimento e a manifestação do almejo de muito brevemente lhes apresentar uma nova edição. Mas não podemos deixar de transmitir o quão veementemente lamentamos, que a justiça não sirva o cidadão nas circunstâncias doutrinal e legislativamente preconizadas, tanto por determinados pensadores, como por nós, sobretudo no que concerne à concretização do princípio da tutela jurisdicional efetiva, porque é demais notório, que aqueles que têm necessidade de se socorrer de meios subsidiários para o acesso à justiça e ao direito, não são protegidos em tempo útil, não são julgados em igualdade de circunstâncias, e ficam ostracizados, porque em regra, quem lhes presta o serviço em nome da justiça, nem tampouco é conhecedor de todos os meios processuais ao alcance do cidadão comum, ou ainda, porque se considera parcamente remunerado pelo Estado.
E por estes, e aqueles providos de menor literacia, contrariando as primeiras edições, vamos eliminar “in extremis” as siglas e acrónimos, com o sentido de apresentarmos uma linguagem mais fluída e menos tecnicista, ressalvando algumas situações que não nos permitem ser exaustivamente precisos e nas notas de rodapé.
Um bem haja a todos.

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