Ficar a ver navios

Ficar a ver navios

Significado: Deceção; não ter o que se deseja.

Origem: Todos nós ouvimos já falar no Rei D. Sebastião, o qual perdeu a vida na batalha de Alcácer Quibir – Marrocos, em 1578.

Mas, com a convicção que aquele monarca tinha e demonstrava, a generalidade das pessoas não queria acreditar no sucedido.

Então, era muito frequente haver pessoas, os designados “mirones”, que do Alto de Santa Catarina, ficavam a olhar para os navios, sempre na expetativa que o Rei aparecesse.

Para além dos mirones, havia aqueles que faziam o inverso – não iam ver e criticavam os que alimentavam a esperança que o monarca estivesse vivo, e teriam o prazer de ser os primeiros a avistar a sua figura.

As críticas eram mais ou menos do seguinte teor “Oh!…, lá vai aquele ver navios…”; “então?!…, vais ver navios?…”; “Fulano ficou a ver navios…”, etc.

É claro que o Rei não iria aparecer, pelo que, o mais adequado seria efetivamente dizer que se ia vez navios e não a chegada do Rei.

Esta expressão, como é comum relativamente a todas as outras, generalizou-se e difundiu-se através das gerações, sendo ainda hoje utilizada – FICAR A VER NAVIOS.

Sobre António Maria Barbosa Soares da Rocha

António Maria Barbosa Soares da Rocha
EM TERMOS ACADÉMICOS, o autor obteve o grau de Doutor em Direito pela Universidade de Salamanca, nas áreas do Direito Administrativo, Financeiro e Processual - programa de doutorado "Administração, Finanças e Justiça, no Estado Social", com a tese subordinada ao tema «O representante da Fazenda Pública no processo tributário - Enquadramento Institucional e Regime Jurídico». Como investigador, defendeu temas científicos em universidades de renome, designadamente no I Congresso de Investigadores Lusófonos e no I Congresso de Derecho Transnacional. Consagrou-se Mestre pela Universidade Católica, na área do Mestrado Geral em Direito, com a defesa da tese subordinada ao tema «Oposição Vs Impugnação Judicial», publicada pela editora daquela Universidade em Portugal e Brasil. Terminou a licenciatura em direito na Universidade Lusófona, embora a tivesse iniciado na Universidade de Coimbra, onde concluíra o 2.º ano do curso. NO ÂMBITO PROFISSIONAL, exerce a atividade de JURISCONSULTO, é blogger, youtuber, e autor das obras com edições continuadas “Oposição Vs Impugnação Judicial”, “O Essencial sobre o Arrendamento Urbano”, “Minutas e Formulários - Anotados e Comentados”, “A Demanda e a Defesa nas Execuções Cíveis e Fiscais”, "Manual do Regime Jurídico do Arrendamento - A Narrativa, a Ciência, o Pragmatismo e o Pleito, no Arrendamento, e "O representante da Fazenda Pública no processo tributário - Enquadramento Institucional e Regime Jurídico". O autor tem uma experiência superior a 30 anos como funcionário da Autoridade Tributária, passando por todas as metamorfoses da carreira até ocupar funções que se coadunam essencialmente com o direito. Em período precedente estivera ligado ao setor das telecomunicações, e de forma mais acentuada à mediação e direito dos seguros. NO CAMPO DESPORTIVO, é praticante de Karate Goju-Ryu e treinador reconhecido pelo IPDJ. Embora tenha iniciado essa prática com referência à linha do Mestre Taiji Kase, viria a ser consagrado cinto negro na vertente de Karate Shotokan pelo Mestre Hirokazu Kanazawa em 1999, e posteriormente, pelo estilo que ora pratica, da linha Okinawa Goju-Ryu Karatedo Kyokai.

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