Significado: Deceção; não ter o que se deseja.
Origem: Todos nós ouvimos já falar no Rei D. Sebastião, o qual perdeu a vida na batalha de Alcácer Quibir – Marrocos, em 1578.
Mas, com a convicção que aquele monarca tinha e demonstrava, a generalidade das pessoas não queria acreditar no sucedido.
Então, era muito frequente haver pessoas, os designados “mirones”, que do Alto de Santa Catarina, ficavam a olhar para os navios, sempre na expetativa que o Rei aparecesse.
Para além dos mirones, havia aqueles que faziam o inverso – não iam ver e criticavam os que alimentavam a esperança que o monarca estivesse vivo, e teriam o prazer de ser os primeiros a avistar a sua figura.
As críticas eram mais ou menos do seguinte teor “Oh!…, lá vai aquele ver navios…”; “então?!…, vais ver navios?…”; “Fulano ficou a ver navios…”, etc.
É claro que o Rei não iria aparecer, pelo que, o mais adequado seria efetivamente dizer que se ia vez navios e não a chegada do Rei.
Esta expressão, como é comum relativamente a todas as outras, generalizou-se e difundiu-se através das gerações, sendo ainda hoje utilizada – FICAR A VER NAVIOS.