Vem isto a propósito da nossa digressão japonesa que decorreu dos dias 8 a 24 de julho do ano de 2019, tendo como principal escopo o estágio e correspondentes comemorações, que decorreram em Okinawa sob a égide da OGKK – Okinawa Goju-Ryu Karatedo Kyokai.
Com a proteção do ISHIGANTO, descrevo tudo isto e tão pouco para qualificar o grandioso mundo japonês, vivenciado e transmitido pela originalidade e espontaneidade interminável de palavras! Sendo que as palavras se gastam com o uso e se prostituem com o abuso, como frequentemente citamos, derrogamos lamentavelmente a qualificação para nos tornarmos sucintos na narrativa.
Já tínhamos tecido inadvertidamente um prolegómeno com a nossa digressão a Okinawa em julho/2017, ora estendemos, consolidamos e reproduzimos o sentimento ali expendido, mas com mais pujança erguemos as mãos aos céus, para reagrader a nobreza e o enlevo de um povo incomparável! Que me perdoe a ciência, mas toda a conjuntura histórica e tecnológica perdem perante a ética, a moral, a disciplina e o exacerbado altruísmo – isto demonstra a preconizada inqualificação do povo em questão através de palavras.
Quero deixar um agradecimento muito especial a Sensei Muramatsu, o que certamente lhe será transmitido pelo Sensei Mochida Shoji, igualmente incansável em termos de colaboração nas cidades de Fuji e Fujinomiya, bem como aos restantes parceiros que connosco conviveram e confraternizaram com elevada paixão.
Levo daqui, no estômago a diversidade e qualidade da cozinha nipónica, um povo no coração, e um ensinamento muito especial «Respeita quem gosta de ti. Sê disciplinado na vida, e da emoção faz renascer a esperança».
Fazendo digressões congéneres já na Ilha de Okinawa, imbuídos da solenidade caraterística de quem chega e da acentuada solicitude de quem nos recebe – UCHINA, as atenções viram-se de modo mais acentuado para o Sensei Teruya e para o caloroso Sensei Onaga, com um treino que nos iria cortando a respiração.
Nos momentos subsequentes mais marcantes, estágio e Sayonara Party, não poderíamos deixar de conceder o mesmo reparo aos sobreditos Mestres, e omitir a pitoresca referência aos Senseis Kikugawa, Masuda e Takenishi.
Como término da nossa lacunosa dissertação, a típica palavra de agradecimento, a todos os Mestres de Okinawa, sem termos a propensão em sermos despiciendos relativamente a algum, pelos seus permanente espírito de altruísmo, dedicação e esmero na transmissão contemporânea e refundida da arte do Goju-Ryu, e aos quais acresce o reagradecimento perene ao Sensei Vitor Gomes.
Bem haja a todos.