Português com formação

Português com formação

O português tem em regra um comportamento pré-jurídico.

Antes de entrarmos concretamente no significado que a afirmação encerra, parece pertinente descrever as situações que contribuíram para tal ilação! Ora, as férias concedem-nos por vezes a faculdade de melhor observarmos o comportamento dalguns dos outros parceiros sociais, independentemente da sua proveniência linguística. Não será despropositado afirmar, que o Povo português é um dos povos melhor formados da Europa e provavelmente do mundo!

É um Povo que adquiriu um desenvolvimento que ultrapassa a tipicidade do ser humano no que concerne ao relacionamento com o “próximo”, que se encontra para além da Lei, porque tem comportamentos verificáveis e coadunáveis com a existência pré-Lei – e nisto, já estamos a desmistificar a significado pré-jurídico do nosso Povo.

Efetivamente, qualquer cidadão português se privilegia pelo cumprimento das boas-maneiras, de regras que apenas se encontram padronizadas na sociedade, e que se vão transmitindo ao longo de sucessivas alterações. Regras estas, que os cidadãos tiveram a perspicácia de absorver pelo fenómeno da aculturação e de lhes impregnar o correspetivo desenvolvimento. Logo, estamos perante um Povo que teve a acuidade de superar sucessivamente os impasses sociais, de os convolar positivamente, e de os apresentar como hoje se nos deparam – é um Povo vivo e são, e cujos encantos agradam a cada cidadão isolado de per se, e ao espírito social e comunitário.

É manifesta a posição de prioridade, independentemente dos consagrados direitos prioritários, concedida à mulher, à criança e ao idoso – PARABÉNS POVO!, porque te encontras acima daqueles que muito apregoam e a pouco se afeiçoam! Há quem afirme que este comportamento tem proveniência na crise!… E alvitram-se outros fundamentos insustentáveis, porque derrogáveis pela nítida evolução do nosso Povo, que implicitamente, sempre soube acatar e privilegiar determinados princípios, que o caraterizam de superior e perspicaz pela sua coerente, compassada, penetrante e profícua evolução.

Tecer considerações desta natureza, é efetivamente com o propósito de enaltecer um POVO. Um Povo, que apesar da sua heterogeneidade, se sobressai na sua homogenesia. E o facto da exigência estar em constante e progressivo crescimento, é uma caraterística dum Povo evoluído, que se pretende inadvertidamente superar, e adquirir o maior número possível de elementos para integrar o espírito paradigmático.

Bem haja POVO.

 

Sobre António Maria Barbosa Soares da Rocha

António Maria Barbosa Soares da Rocha
EM TERMOS ACADÉMICOS, o autor obteve o grau de Doutor em Direito pela Universidade de Salamanca, nas áreas do Direito Administrativo, Financeiro e Processual - programa de doutorado "Administração, Finanças e Justiça, no Estado Social", com a tese subordinada ao tema «O representante da Fazenda Pública no processo tributário - Enquadramento Institucional e Regime Jurídico». Como investigador, defendeu temas científicos em universidades de renome, designadamente no I Congresso de Investigadores Lusófonos e no I Congresso de Derecho Transnacional. Consagrou-se Mestre pela Universidade Católica, na área do Mestrado Geral em Direito, com a defesa da tese subordinada ao tema «Oposição Vs Impugnação Judicial», publicada pela editora daquela Universidade em Portugal e Brasil. Terminou a licenciatura em direito na Universidade Lusófona, embora a tivesse iniciado na Universidade de Coimbra, onde concluíra o 2.º ano do curso. NO ÂMBITO PROFISSIONAL, exerce a atividade de JURISCONSULTO, é blogger, youtuber, e autor das obras com edições continuadas “Oposição Vs Impugnação Judicial”, “O Essencial sobre o Arrendamento Urbano”, “Minutas e Formulários - Anotados e Comentados”, “A Demanda e a Defesa nas Execuções Cíveis e Fiscais”, "Manual do Regime Jurídico do Arrendamento - A Narrativa, a Ciência, o Pragmatismo e o Pleito, no Arrendamento, e "O representante da Fazenda Pública no processo tributário - Enquadramento Institucional e Regime Jurídico". O autor tem uma experiência superior a 30 anos como funcionário da Autoridade Tributária, passando por todas as metamorfoses da carreira até ocupar funções que se coadunam essencialmente com o direito. Em período precedente estivera ligado ao setor das telecomunicações, e de forma mais acentuada à mediação e direito dos seguros. NO CAMPO DESPORTIVO, é praticante de Karate Goju-Ryu e treinador reconhecido pelo IPDJ. Embora tenha iniciado essa prática com referência à linha do Mestre Taiji Kase, viria a ser consagrado cinto negro na vertente de Karate Shotokan pelo Mestre Hirokazu Kanazawa em 1999, e posteriormente, pelo estilo que ora pratica, da linha Okinawa Goju-Ryu Karatedo Kyokai.

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